Nas maioria das casas e estabelecimentos de todo o país, uma coisa é comum: todos fazem uso de energia elétrica e necessitam dela para realizar as suas atividades mais básicas do cotidiano. No entanto, ainda nesse cenário, muitos acabam não se dando conta da importância da manutenção e eficiência das instalações elétricas. Contudo, o que muitos não sabem é que essa prática pode levar a prejuízos financeiros, além de comprometer a segurança.
O que são as instalações elétricas?
É chamado instalação elétrica o conjunto de todos os componentes que permitem a distribuição da energia elétrica através da residência. Portanto, é possível afirmar que as instalações elétricas são compostas por elementos mais comuns, como tomadas, pontos de iluminação, eletrodutos, disjuntores e fios. No entanto, também dizem respeito a elementos menos comuns, como eletrodutos, caixas, conduletes e eletrocalhas.
Problemas com dimensionamento
Quando é feito um projeto de instalações elétricas, todos os componentes são devidamente dimensionados conforme a situação, as necessidades e a finalidade para qual eles serão aplicados. Ou seja, todos os componentes do projeto são selecionados com base em parâmetros específicos para que atendam as necessidades do local.
No entanto, a medida que o tempo passa, o local sofre modificações e as necessidades para as quais o projeto foi feito passam a não corresponder com a realidade. Isso contribui para que os componentes fiquem subdimensionados e os circuitos sobrecarregados.
Além disso, ao passar um longo período de tempo surgem mudanças tecnológicas que afetam diretamente os aparelhos conectados a rede elétrica e suas características. Dessa forma, há uma grande mudança na forma como a carga é distribuída. Isso provoca uma má organização dos circuitos e sua distribuição.
Por exemplo, com o surgimento e popularização das lâmpadas de LED, os circuitos de iluminação agora demandam muito menos potência. Em contrapartida, alguns aparelhos de cozinha como fornos elétricos e micro-ondas ganharam muito mais popularidade, demandando muito mais potência nos circuitos que os alimentam. Logo, mesmo que as potências totais sejam equivalentes, a forma como a carga se distribui variou drasticamente, resultando novamente em sobrecarga de alguns circuitos.
O efeito joule
Em um cenário de sobrecarga dos circuitos, essa situação se converte na perda de dinheiro através do efeito joule. O efeito joule consiste na conversão de energia elétrica em energia térmica em um corpo ao ser atravessado por uma corrente elétrica. Em um circuito sobrecarregado, existe uma quantidade muito grande de elétrons passando pelo mesmo fio, o que faz com que o atrito entre eles seja grande e, assim, o efeito joule seja potencializado.
Com base no que foi dito, sabemos que um circuito sobrecarregado acaba potencializando muito o efeito joule e isso faz com que grande parte da energia do circuito seja convertida em energia térmica. Dessa forma, grande parte da energia elétrica gerada não é direcionada as tomadas e nem as lâmpadas, ela é utilizada para aquecer a fiação que liga os circuitos. Ou seja, é desperdiçada, causando um grande aumento na conta de energia.
Por isso, é muito importante que o projeto de instalação elétrica seja atualizado e esteja em ótimas condições para que não haja desperdício de energia elétrica e que, consequentemente, o valor pago na conta de energia seja coerente com o consumo.
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