História da lâmpada: de Thomas ao LED

Eu tenho certeza que você já passou por problemas quando, mesmo que por pouco tempo, a luz da sua casa cai. Pode até ser difícil imaginar nossas vidas sem algo tão simples. Porém, a história da lâmpada não é tão antiga assim. Se você está lendo isso, deve ter sentido uma curiosidade para saber essa história, não é? Portanto, não se preocupe, vou explicar tudo para você!  

Prólogo

Antes de mais nada, vamos a um breve prólogo da nossa história. Era uma vez, há 200 anos atrás…

Antes que a lâmpada começasse a ser comercializada, outros cientistas fizeram a base para esse marco. Um deles, e talvez o de maior relevância, foi Humphry Davy. Humphry foi o químico que criou o princípio do que seriam as lâmpadas elétricas. Isso porque, em 1809, ele conseguiu criar luz juntando uma fita de carbono nos 2 polos de uma bateria. Ou seja, iluminação a partir de energia elétrica!

Esse experimento de Humphry, conhecido como lâmpada de arco voltaico, é muito refeito em aulas de química hoje em dia.

Lâmpada de arco voltaico
Lâmpada de arco voltaico – Alex Amorim

 

História da lâmpada incandescente 

Como toda boa história, essa também começa com um grande inventor do século XIX. Tá bom, eu sei que nem todas começam assim. Mas essa começa, e é muito boa! E esse grande inventor que eu estou falando, talvez você já saiba, é Thomas Edison.  

Desde pequeno, Thomas mostrava que era muito inteligente, e sempre ligado a experimentos e ciência. No entanto, semelhante a um outro gênio da nossa história, Albert Einstein, ele também teve problemas de aprendizagem na escola. Na verdade, a situação só começou a melhorar quando ele saiu dela e começou uma educação domiciliar com sua mãe, onde pôde focar no que realmente gosta. 

Apesar de ter feito diversas invenções (ele tem um total de 1033 patentes!), a mais famosa é a lâmpada elétrica. Não que ele tenha sido o único da época a ter essa ideia. Ele foi, no entanto, o único que conseguiu aplicar de uma maneira eficaz e que pudesse ser comercializada. 

Patente da lâmpada incandescente
Patente da lâmpada incandescente 

Foi em 1879 quando o herói dessa história disse “Faça-se a luz!” e criou a lâmpada elétrica. Na verdade, não foi bem assim que aconteceu. Após 1200 tentativas, ele usou um fio de algodão carbonizado e, fazendo passar eletricidade nele, o fio aqueceu e liberou luz.

Resultados

Sempre melhorando seu protótipo inicial, em 1880 Thomas patenteia sua invenção e, anos depois, já está fabricando em massa. Ainda mais, esse foi o produto que fez com que a General Electrics crescesse e se tornasse um gigante até os dias atuais!

Além disso, é legal lembrar que, junto com a venda dessas lâmpadas, foi preciso também a criação de todo um sistema de distribuição de energia. Felizmente, Thomas assumiu o peso e conseguiu resolver esse grande desafio. Na verdade, ele criou a primeira unidade privada de geração de energia, em Nova York. Realmente, ele estava à frente de seu tempo!

Atualmente, esse tipo de lâmpada é proibida no Brasil. Isso se dá por causa da sua baixa economia comparada as suas concorrentes, que vamos falar mais para a frente.

 

História da lâmpada neon

No 2° capítulo dessa nossa história, vamos falar de um outro gênio: Georges Claude. Ele foi o responsável pela criação da lâmpada neon, em 1902. Primeiramente, colocou alguns gases nobres (aqueles últimos elementos da tabela periódica, lembra?) em um tubo selado. Após isso, criando descargas elétricas dentro desse tubo, ele viu que produziu luz!

Lâmpada neon
Lâmpada neon – Opera Mundi

Apesar de se chamar Lâmpada neon, como já foi explicado anteriormente, também é utilizado outros gases nobres, como xenônio. No entanto, é de fato com o neon que se consegue a luz mais viva e com aspecto vermelho.

Esse tipo de iluminação se espalhou principalmente no meio da publicidade. Por ser bem forte, dava para ser visto em plena luz do dia e, por isso, era ideal para chamar a atenção no que se queria mostrar.

História da lâmpada fluorescente

Você muito provavelmente já ouviu falar de Nikola Tesla. Um fato curioso é que, durante os seus anos de vida, ele teve algumas discordâncias com o nosso outro amigo, Thomas Edison. No entanto, esse não é o motivo dele ser o principal desse novo capítulo da história.

Tesla nunca chegou a terminar o ensino superior. Na verdade, foi apenas depois de desistir da sua 2ª faculdade que a sua vida realmente começou a decolar.

Após diversas invenções, Tesla consegue criar um novo modelo de iluminação. Tendo maior eficiência do que seus antecessores, foi lançada ao mercado consumidor em 1938 a lâmpada fluorescente. Funcionando com um processo complexo, indo desde a emissão de radiação ultravioleta até a transformação dela em luz visível, essa lâmpada se mostrou como uma clara evolução dos seus antecessores. Isso porque ela conseguiu transformar a maior parte da energia em luz, em vez de calor.

História da lâmpada halógena

A Royal Philips (ou só Philips, para os mais íntimos) é uma empresa voltada para tecnologia, oferecendo diversos produtos, desde fone de ouvido à aparelhos de ultrassom. Criado em 1891, na Holanda, por Frederik e Gerard Philips, pai e filho respectivamente, a empresa já apresenta um alcance global nos dias atuais.

“Sim, mas o que isso tem a ver com a história das lâmpadas?”, você pode estar se perguntando. “Tudo!”, eu respondo. Isso porque, em 1955, Emmet Wiley e Elmer Fridrich, 2 engenheiros da Philips, criaram a lâmpada halógena. Por conseguir ser aquecido à altas temperaturas, emitia mais luz do que suas rivais. No entanto, como nem tudo são flores, acabava por ter um consumo alto.

Vale ressaltar que consumo e eficiência não são a mesma coisa. A lâmpada halógena tinha, de fato, um consumo alto. Porém era mais eficiente do que as outras. Isso significa que ela gastava uma quantidade alta de energia para funcionar, porém grande parte dessa energia se transformava em luz.

Ela atua de maneira parecida com a lâmpada incandescente. Na verdade, pode até ser considerada uma evolução dela. Ao aquecer um filamento de tungstênio envolto numa capa de quartzo, ele consegue produzir luz.

Lâmpada halógena
Lâmpada halógena

História da lâmpada de LED

Chegamos no “queridinho da galera” nos dias de hoje. O LED vem se tornando mais popular e presente a cada dia que se passa. E não é sem motivo! Mas vamos com calma que eu explico nesse 5° capítulo…

Em 1963, criada por Nick Holonyac (curiosamente um funcionário da General Electrics na época), nasce o LED. A princípio, não tinha a função de uma lâmpada e só emitia 1 cor: vermelha. Na verdade, por muito tempo serviu apenas para indicar o estado de alguns eletrônicos, como ligado ou desligado. Ao longo dos anos, foram surgindo versões em outras cores, até conseguir alcançar todas do espectro visível. Ou seja, o LED pode emitir todas as cores que somos capazes de ver!

Foi apenas em 1999, mais de 30 anos depois, quando a tecnologia permitiu que um LED emitisse luz o suficiente para conseguir iluminar um ambiente.

Lâmpada LED

Mas, o que de fato é LED? Diodo Emissor de Luz é a tradução para português de LED. E o que é diodo? Basicamente, um condutor. Portanto, LED é simplesmente um condutor que, ao receber energia, emite luz.

Fama do LED

Como já dito no começo do capítulo, esse tipo de lâmpada vem se tornando muito popular nos dias de hoje. E a razão para isso é clara. Ou melhor, as razões:

  • Boa iluminação: Apesar de serem mais caras, as lâmpadas de LED têm uma grande vantagem por conta da sua grande eficiência, em média 2x maior do que a fluorescente. Em outras palavras, você consegue economizar um bom dinheiro em energia utilizando LED;
  • Vida útil: Podendo durar por, em média, 30.000 horas, a lâmpada de LED se mostra muito a frente nesse quesito em comparação às outras. Para se ter uma noção, as fluorescentes duram em média 15.000 horas;
  • Personalização: Como o LED pode emitir todas as cores do espectro visível, isso permite a nós uma personalização dos ambientes. Dessa forma, até um simples banho se torne algo mais prazeroso.

Com certeza eu poderia passar mais tempo falando das diversas vantagens do LED. No entanto, esse não é o objetivo do texto.

 

Finalização

E ai, conseguiu matar sua curiosidade? Espero que sim! Não perca também o nosso outro texto falando sobre como usar cada um dos tipos de lâmpada na prática!


2 comentários

  1. Cristina Maria Pires Folly
    12 de janeiro de 2021

    Viva Tesla!
    Nikola Tesla… um gênio, um excelente caráter.

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