Os raios sempre foram um temor para a raça humana. Desde quando as árvores eram para-raios antigos que ficavam em chamas. Foram então, criados Deuses poderosos para personifica-los (como Thor e Zeus). Até os dias de hoje, onde foram estudados e entendidos propriamente pela ciência.

No brasil, cerca de 2200 pessoas morreram com acidentes com descargas atmosféricas nas últimas duas décadas. Essas descargas, vulgo raios, podem danificar sistemas elétricos e causar danos físicos em estruturas, estimados em cerca de R$ 1 bilhão por ano.

E como é possível evitar todo esse dano? E mais importante, impedir toda essa perda humana? Para evitar esses e outros problemas, você precisa de um Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA).

Mas, o que são para-raios?

para raios são vitais em cidades com chuvas frequentes

Segunda a NBR 5419, a responsável por descrever as normatividades para proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, define da seguinte maneira um SPDA:

Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) é um sistema completo destinado a proteger uma estrutura contra os efeitos das descargas atmosféricas. É composto de um sistema externo e de um sistema interno de proteção.

sistema externo: Sistema que consiste em subsistema de captores, subsistema de condutores de descida e subsistema de aterramento.

sistema interno: Conjunto de dispositivos que reduzem os efeitos elétricos e magnéticos da corrente de descarga atmosférica dentro do volume a proteger.

De maneira mais prática, um para-raios ou um SPDA, é um sistema destinado a fazer o processo de interceptar, conduzir e dispersar uma corrente elétrica desferida pela natureza até a terra, de forma correta e dimensionada de acordo com o local. Ou seja, ele garante que a corrente seja dissipada sem causar danos a estrutura. assim, i através de 3 subsistemas:

  • Captação: interceptar uma descarga atmosférica para a estrutura através de um captador;
  • Descida ou condução: conduzir a corrente da descarga atmosférica para a terra de forma segura;
  • Aterramento: dispersar a corrente da descarga atmosférica na terra.

Assim, um para raio deve ser dimensionado e projetado para atender as características de um prédio. E existem múltiplos tipos de SPDA, de para-raios antigos e em desuso até modelos mais recentes e utilizados.

 

Quais os riscos da falta de um SPDA?

Riscos da falta de um para-raios

Um para-raios é de vital importância para atestar a segurança de um local, e a ausência dele pode causar alguns riscos, como por  exemplo:

  • Risco de morte / choques:
    • Caso estejam na cobertura e o local não conte com o aterramento adequado, moradores ou funcionários podem ser atingidos por um raio.
    • Também há a possibilidade de pessoas tomarem choques enquanto usam eletrônicos ligados na tomada, como secadores de cabelo e celulares carregando.
    • Dentro dos riscos que uma pessoa corre ao tomar um choque, ela pode ter de leves queimaduras e falta de ar. Em casos mais graves, paradas respiratórias e cardíacas, levando a morte.
  • Queima de equipamentos: A descarga pode gerar a perca principalmente de 2 tipos-
    • Sistemas elétricos internos (instalações internas ou produtos diretamente ligados a energia);
    • Produtos paralelos, ligados a estrutura elétricas ou condutoras (como dispositivos elétricos de sensíveis).
  • Seguro inválido: a seguradora pode se negar a pagar a indenização ao condomínio caso fique comprovado que o SPDA estava fora dos parâmetros legais.
  • Danos a estrutura da edificação: sem um isolamento correto, um raio pode romper, com uma explosão, a alvenaria do prédio.

 

E caso o local já tenha um sistema de para-raios?

Prédios com para-raios precisam de manutenção

Caso o SPDA já esteja instalado no local, é importante que ele tenha sua manutenção realizada nos períodos mínimos descritos pela norma.

Segundo a NBR 5419, uma inspeção visual deve ser realizada anualmente. E uma completa, contendo todas as informações em acordo SPDA com o projeto, de 1 a 5 anos, conforme o local:

  • 5 anos, para estruturas destinadas a fins residenciais, comerciais, administrativos, agrícolas ou industriais, excetuando-se áreas classificadas com risco de incêndio ou explosão;
  • 3 anos, para estruturas destinadas a grandes concentrações públicas (hospitais, escolas, teatros, cinemas), indústrias contendo áreas com risco de explosão e depósitos de material inflamável;
  • 1 ano, para estruturas contendo munição ou explosivos, ou em locais expostos à corrosão atmosférica severa.

 

Como saber se tenho para-raios “antigos”?

Para certificar o estado do SPDA, caso ocorra algo que possa vir a danifica-lo, ou sejam para-raios antigos, é importante que seja feito um laudo, chamado de Laudo do sistema de proteção contra Descargas Atmosféricas (LSPDA).

Esse Laudo checa o projeto. Garantindo assim, a segurança e proteção do local. Para saber mais sobre isso, temos um texto com 5 pontos para saber se você precisa de um Laudo de SPDA novo.

Caso o Laudo indique que o projeto não esteja nos conformes, é necessário fazer um novo projeto de para-raios dimensionado de acordo com as normas e assinado por um profissional legalmente capacitado!

Assim, é possível garantir a segurança tanto de moradores quanto de funcionários para o local, e fazer com que ninguém se torne um para-raios natural. Afinal, esse não é o superpoder mais seguro do mundo.

Para saber mais sobre como se proteger e o que atrai os raios, seguem dois textos do nosso blog:

Descarga elétrica: usar o celular enquanto chove é perigoso?

O que atrai raios? e como se proteger deles?